Recomeçar. Era esta a palavra que me empurrou de fazer a aplicação para o EVS. E é a mesma palavra que levo comigo agora que ele acabou. Depois 7 meses “intensos”, sobretudo sob o perfil emocional. O EVS é uma experiência muito estranha, muito pessoal, em negativo e em positivo, e talvez acontecem coisas que podem fazer mudar as coisas em un destino ou em un outro. Alguns vivem o EVS como uma festa todos os dias, outros como período de reflexão, outros como oportunidade para apreender coisas novas e visitar lugares novos, ainda outros descrobem lados escondidos de se mesmos, e ainda outros encontram o amor…depois tanto tempo.
Nos últimos 7 meses, desenvolvei o meu projeto em Lisboa, uma cidade que tem muitas caras e almas: ficam muitas pessoas de diferentes culturas e nacionalidades, mas também entre os portuguêses mesmo há muitas diferenças. Lisboa é uma cidade que parece acolher todos, mas na verdade põe sempre um pouco de distância com quem não é de cá.
Todos te acolhem sempre bem, mas depois em alguma maneira, sentes sempre que tu és o estrangeiro, ou pelo menos eu senti-me assim. Não é fácil integrar-se em esta cultura que no inicio pareceu assim semelhante à minha; se calhar precisa-se de mais tempo, de mais paciência, mais vontade de aquelo que se pensa.
Este projeto, desenvolvido pela Junta De Freguesia de Carnide, cheio de boas pessoas, dou-me a oportunidade de focar-me sobre o assunto que amo mais: o desporto. Foi difícil envolver os clubes e as associações desportivas em um projeto de promoção e divulgação das suas actividades, um pouco porque não é facil mudar algumas maneiras de trabalhar, e se calhar porque todos gostam de fazer as coisas com muita, muita calma! Consegui mesmo de dar ao meu projeto un nome “Carnide é Desporto”, que espero pode crescer também depois de mim. Acho fortemente que o desporto é um portador de valores e boas práticas.
Já tinha visitado esta cidade três anos atras, mas viver aqui é diferente. Imediatamente apareceram os primeiros problemas: procurar uma casa aqui em Lisboa não é fácil. Se calhar no momento máximo de desespero, por algum milagre houve alguém que me procurou: Zé, a minha mãe portuguesa. Não podi encontrar casa melhor, pessoa melhor. Ela ensinou-me muitas coisas: a lingua portuguesa, que há sempre tempo para un café, gostar da comida portuguesa, que se pode dormir só 4 horas e viver mesmo, e que sou mais velha eu dentro que ela! Ela permitiu-me de fazer parte da sua família, de conhecer muito da sua cultura. Ela dou-me o bolo de aniversário mais lindo de toda a minha vida, e tenho certeza que quando quero voltar em Lisboa, vou ter sempre alguém que me espera com os braços abertos. Tereria querido deixar-lhe mais sorrisos.
Acho que uma outra atapa de este meu percurso foi o meu training arrival em Braga. Alì conheci 3 pessoas que tornaram minhas amigas: Ida, Bea, e Katia. As minhas Braganinjas. Sem de elas nada seria estado o mesmo. Sem os nossos jantares vegetarianos nada seria estado o mesmo. Cada um de ela assim diferente, assim fondamental. Espero de voltar a ser a pessoa que era em Braga, mais solar, mais sorridente. Devo isso a cada um de elas que me consularem e ouviram nos momentos de lágrimas.
Começei isto meu percurso sem saber uma palavra de portuguêse, e a salvar-me, para tudo este tempo, e também depois que o aprendi, houve a Maria. Ela foi um presente. Enfrentar a Junta sozinha seria estado diferente, ela foi a minha metade, no bem e no mal. Ela diz frequentemente que me gritou muito, mas eu digo que me salvou muitas vezes. Sempre me senti compreendita da ela, condividimos muitas histórias dos nossos passados, do presente, e espero que vai ser assim também no futuro. Posso dizer-lhe só obrigada, eu sei que ela percebiu uma parte muita profunda de mim.
Obrigada a quem me acolheu e ouviu: a Sara, a Inês, e a Aneta (obrigada para todo o portuguêse que me ensinaste). Tereria querido fazer mais. Obrigada também à Roberta que sempre conseguiu de dar- me um sorriso, e que esperou comigo tantas vezes o autocarro para ir às aulas de portuguêse no Bairro mais lindo de todos: Padre Cruz. Uma galeria de arte a céu aberto. Estão ligados a este Bairro os momentos mais feliz que vivi em Lisboa.
Apesar do fato que tereria querido que esta experiência fosse mais fluida, apreendi muitas coisas o mesmo. Apreendi que sou mais paciente de que eu pensava, que talvez as pessoas dizem que querem ver tudo de ti, mas depois fogem sem ver nada. Apreendi que se pode amar alguém muito, embora se o conheçemos muito pouco. Apreendi que não podemos amar alguém se há paredes. Apreendi que as vezes as pessoas fazem promessas que não mantêm, mas eu continuo sempre a manter as minhas. Quero continuar a acreditar nas palavras, e nunca no silêncio.
Vou embora desde esta cidade, consciente que talvez tomamos decisões que temos de tomar. Vou embora consciente que de vez em quando vou voltar porque aqui estão pessoas que me vão acolher sempre com un sorriso. Deixo aqui um pedaço do meu coração, o se calhar todo.
Paola Amore