07 julho 2011

Projectos SVE aprovados!

Temos dois projectos SVE na Polónia aprovados para ti! Candidata-te até 10 de Julho!

1. Projecto “Multicultural Language Café”

Se quiseres fazer voluntariado durante 9 meses, com inicio em Agosto 2011 na Associação Semper Avanti em Wroclaw, envia o teu CV e carta de motivação (em inglês) para sve.spin@gmail.com.

Temos 1 vaga para um projecto de voluntariado sobre trabalho directo com crianças e jovens. Se és criativo, apaixonado e entusiasmado, com capacidade para implementar novas ideias e ter experiência de trabalho em grupo, contacta-nos. Esta pode ser uma das experiências mais importantes da tua vida!

Irás criar um Espaço de Ocupação de tempos livres para crianças e jovens onde poderás:

· Criar e gerir workshops na área do diálogo intercultural, tolerância e direitos humanos;

· Realizar actividades de animação para jovens durante os seus tempos livres
· Organizar actividades tais como debates, sessões de vídeos, apresentações, eventos culturais locais tais como realização de filmes, fotografia, exibições, karaoke, etc.


2. Projecto Fundação "Dom Pokoju"

A estadia é de 9 meses; o projecto deve começar já no início de Agosto! A organização de acolhimento é o Infopunkt Nadobrze "Łokietka 5" que é um ponto de informação criado e gerido pela Fundação "Dom Pokoju".

As informações gerais acerca do projecto encontram-se na sua página na base de dados do SVE!
Abaixo segue a descrição mais detalhada das actividades propostas ao voluntário:

Nadodrze district is the most neglected part of Wroclaw with special climate of 19th century tenement houses as well, plenty of dirty yards, where children play without any security. Our organization support Municipality's renovating program to stimulate development and attract district for tourist, artists and citizens, complementing process which usually pass the playground and social problems. 6 volunteers from Germany, France, Portugal, UK and Turkey will spend 9 months (August 2011 to April 2012) will join our team to look for solutions to change the image of the district and changing it as well and develop our Mobility Center promoting idea of mobility and building new opportunities for young people and seniors. Volunteers will have a chance to work together with local community and to be a part of it. Living in this district they will have an opportunity to notice its problems and discover its potential. Involving these young people from different countries, with lot of experiences and enthusiasm is innovation rescue for neglected district as well as an interesting and new experience for the group but also a big impact to strengthen the system supporting youth activities in range of EU mobility. Activities are based on “local community activation” and “open space” methods. First assumes that involving local community and using the simplest available measures connected with external influence is the est way to make a permanent and suitable, positive change of neglected area. Second one is usually practiced by our Center group and bring us various conclusions and common democratic achieved solutions. Project contains regular work in the Łokietka 5 Center for Mobility Center
development (partners searching, presentation and conferences about mobility organization, meeting with beneficiares, conferences, creating new projects) and local activities - workshops, performances, yard actions, events, etc.

Filme sobre o último SVE : http://vimeo.com/23796041 (password : EVS_dompokoju)

Escritório da Fundação: http://lokietka5.pl/?pag


Ficamos à espera da tua candidatura para 1 ou os 2 projectos, até dia 10 de Julho!

Se precisares de mais alguma informação não hesites em contactar para sve.spin@gmail.com ou 914519264 ou 217145520.

SVE em Edimburgo

Esta aventura começou de forma quase acidental, tendo ouvido falar do Serviço Voluntário Europeu e, apenas com a curiosidade despertada pelo nome, pesquisei mais sobre o projecto, decidi candidatar-me e tentar a minha sorte.

Com a ajuda da SPIN, aterrei em Edimburgo no início de Março para seis meses num projecto de Serviço Voluntário Europeu num pequeno recanto encantado chamado “The Forest”.

O Forest

As minhas funções no Forest são as de coordenação dos voluntários. De duas em duas semanas organizo inductions para os novos voluntários onde lhes explico o que é o Forest e apresento-lhes o espaço.

Explicar o Forest é difícil pois é um projecto tão único quanto cada pessoa que o constitui e a verdadeira chave para entender o funcionamento deste espaço é tomar parte nele.

Formalmente, aquilo que apresento aos novos voluntários é um espaço para artes e eventos e apoio aos artistas e à comunidade local, sem qualquer custo – tanto os eventos e workshops como os espaços – a galeria, a Darkroom para desenvolver fotografias, as Caves para bandas ensaiarem/gravarem, o Hall para grandes eventos, etc. Tudo isto é financiado pelo café vegetariano que funciona no Forest, uma vez que não recebemos qualquer outro tipo de financiamento para estes espaços como bolsas ou fundos do City Council.

Um dos espaços mais populares é o palco para eventos todos os dias da semana durante todo o dia, seja um filme, um concerto ou uma audição para um filme, tudo o que o que é necessário fazer é agendar no livro dos eventos e aparecer com algo de extraordinário para partilhar.

O Forest é 99% movido por voluntários (existem no momento cinco pessoas pagas pelo Forest para funções administrativas como contabilidade ou gestão do projecto de SVE), num colectivo de estrutura hierárquica horizontal e de decisão por consenso.

Essa é a definição formal.

A minha definição para o Forest é a de um projecto extraordinário, moldado ao pormenor pelas pessoas únicas que o construíram, por todos os que aqui passaram e deixaram algo de si. É um projecto que dá de volta tanto quanto colocamos nele. Por vezes pode ser um pouco caótico mas todo o esforço compensa em pequenos momentos espontâneos e extraordinários. Todos os dias são uma surpresa e nunca se sabe o que pode acontecer – por vezes os Sábados à noite são calmos e sem nada de especial a acontecer e, inesperadamente, temos um concerto extraordinário numa Terça-feira (lembro-me, por exemplo, de um final de tarde em que, sem aviso, tivemos uma dezena de pianos Casio espalhados pelo Forest, com grandes parafusos pressionando teclas diferentes – que qualquer pessoa podia alterar em qualquer momento – criando um interactivo efeito sonoro… surreal).

O Forest é isto mesmo: abre espaço para todo o tipo de experiências criativas, muitas vezes numa dinâmica de tentativa-erro: por vezes um fracasso mas, quando bem sucedidas, não podiam ser uma melhor surpresa.

Aqui já tive a oportunidade de experimentar aulas de neerlandês, dança contemporânea, screeprinting, dei por mim de chave de fendas na mão a reparar uma teimosa máquina de plastificar ou de agulha a jeito para fazer pequenos cadernos. Com uma das minhas flatmates, Lien, criei um podcast, ligeiramente (eufemismo!) surreal. De vez em quando puxo pela criatividade para fazer posters e este mês tenho um pequeno rabisco da minha autoria na capa do programa mensal de eventos no Forest.

Por vezes temos grandes eventos com muitas caras novas no Forest como os movimentados eventos de música e leitura de poesia pelos autores ou as Ceilidh, longos eventos com danças tradicionais escocesas que duram tanto quanta for a energia dos participantes. Outras transformam-se numa festa com as caras habituais como as noites de karaoke ou pub quiz. Também já organizei alguns: Crazy Train playlist com os piores/melhores videoclips de sempre, Tea Celebration Day com um menu especial de chá, chapéus e espaço para quem quisesse deixar a sua marca artística com tinta da China em várias mesas. A imaginação e a energia são o limite.

Habitualmente faço o caminho entre o Forest e o meu apartamento a pé. Tenho a possibilidade de usar o autocarro e é fácil arranjar uma bicicleta nesta cidade, mas durante aqueles vinte minutos de caminhada, habitualmente a ouvir música, tenho tempo de arrumar as ideias, apreciar Edimburgo e a vida aqui. Não sei dizer ao certo em que dia mas sei que a decisão surgiu tão naturalmente como o caminho para casa, a ouvir música e envolvida pelo ambiente de um final do dia aqui: decidi ficar em Edimburgo depois de terminar o SVE, por mais uns meses talvez – trabalhar, estudar, neste momento tenho todas as opções ainda em aberto.

O Forest prepara-se para uma nova fase na sua história uma vez que o edifício onde estamos agora foi vendido e temos de sair no início de Setembro. Esta é uma das razões pelas quais quero ficar: quero definitivamente estar envolvida no novo capítulo do Forest, tomar parte no que aí vem e contribuir para a energia que vamos precisar para escrever este novo momento.

Estou cada vez mais envolvida no Forest e é impossível não deixar de me sentir realizada quando as caras que fazem o Forest reagem com um sorriso feliz à notícia de que vou ficar depois do SVE e pretendo continuar envolvida neste projecto tanto quanto me for possível. Num projecto tão vincado pelas pessoas que o constroem, não podia sentir-me melhor neste momento enquanto mais uma peça do puzzle que é este colectivo.

"A city so beautiful that it breaks the heart again and again."

Não pretendo nunca limitar as minhas opções e aquilo que quero conhecer mas neste momento sinto-me muito bem nesta cidade e Edimburgo tem muito para ser o espaço ideal para mim. Apesar de ser uma cidade, é relativamente “familiar” e é fácil atravessar a área onde vivo até ao Forest e cruzar-me com muitas caras conhecidas (ao fim de dois meses no Forest, o Facebook ameaçou bloquear-me a conta porque estava a adicionar demasiados novos amigos…).

Há uma mistura perfeita entre a cidade e a Natureza, com grandes extensões de verde ideais para passeios e picnics a dois passos do centro da cidade. A arquitectura da cidade é especial, mais horizontal do que vertical e dominada por edifícios relativamente antigos (ao contrário, por exemplo, de Glasgow com grandes torres envidraçadas e um ambiente mais urbano), pequenos recantos e ruelas, pontes sobre níveis inferiores da cidade com Edimburgo a cruzar-se sobre si própria. O próprio ambiente cultural e de espírito diy (do it yourself) é vibrante e o incentivo ao empreendedorismo motivador.
É impossível não sentir saudades da família, dos amigos e de Portugal mas a Internet, as redes sociais, os postais, os telefones e as viagens low-cost sempre vão ajudando a atenuar a distância. Os últimos quatro meses têm sido nada abaixo de extraordinários e a minha candidatura para o SVE foi uma decisão que valeu todo o esforço e devo tudo à SPIN e ao Forest por todo o apoio que me têm dado e a oportunidade que me ofereceram. Este é, definitivamente, um novo capítulo na minha vida e não podia estar mais feliz por o ter entrelaçado com o Forest e Edimburgo.

                                                Margarida Jorge

05 julho 2011

SVE em Alicante

A 2 meses do final do SVE do Jorge em Alicante, aqui fica o seu testemunho sobre a experiência, ainda em curso!

Já falta pouco para a minha aventura terminar... menos de 2 meses. :-(

Neste ultimo mês tive o prazer de assistir às “Hogueras de San Juan”, festas muito populares em Espanha e conhecidas internacionalmente. A cidade transborda vida e animação, já de si muito grande, agora aumentada pela chegada de turistas de toda Europa.

Os meus dias são repartidos entre o meu trabalho no Centro14, como informador juvenil e as idas constantes às maravilhosas praias da região (Villajoyosa, San Juan de la Playa, el Campello, Santa Pola, Arenales, entre outras;) Também mereço depois de trabalhar ou não? ;-)
Tenho o prazer de ir frequentemente a Calp ou a Altea, pequenas cidades com muito atractivo, sobretudo gastronómico. As noites, bem, só posso dizer que aconselham-se.. pese sejam um pouco caras!

Sobre o meu SVE, acabo de chegar de Murcia, onde tive o prazer de conhecer 60 jovens europeus, voluntários como eu, onde pudemos partilhar todas as nossas experiências. Fantástico não? No meu local de trabalho, esta tudo a correr bem, pese o movimento ter diminuído ligeiramente. Sabem como é? Quando o bom tempo chega... procuramos outros lugares para divertir-nos, ainda assim as actividades náuticas que organizamos são um sucesso.


Por agora é tudo.. a aventura esta quase a terminar, só me resta aproveitar ao máximo!
Um abraço & beijo deste “alicantino borracho y fino”! ;-) 
Jorge Machado