Dois meses na Tailândia...
Este segundo mês em Kok Payom iniciou-se com uma “lufada de ar fresco europeu”. Tivemos por cá um short workcamp de duas semanas com pessoal vindo da Europa (Holanda, Polónia, Dinamarca). Foi tempo para fazer novas amizades e melhor identificar as diferenças culturais existentes entre nós europeus e a Tailândia (muçulmana), nomeadamente o “dress code” feminino e a nossa necessidade de actividades “extra-curriculares” (ir a um bar para conversar e beber um café ou uns “copos”). Durante essas duas semanas tivemos mais agitação e trabalho para além das aulas de Inglês, ajudamos a construir um viveiro para produção de caranguejos. O trabalho por vezes foi duro, mas muito entusiasmante e divertido. Passámos bons momentos, sem dúvida!
Após o workcamp, Kok Payom voltou à sua tranquilidade habitual… «voltou-se a ouvir o chilrear dos pássaros pela madrugada, o rio acalmou e voltou a reconhecer-nos… e nós voltámos a seguir as suas margens e regressámos pouco a pouco ao nosso dia-a-dia».
Este segundo mês também cimentou a minha adaptação. Aos poucos fui-me sentindo cada vez mais integrado na comunidade e a “conhecer os cantos da casa”. Aprendi bastante com esta cultura muçulmana, com a sua forma simples e humilde de viver, sem necessitar de um confortável sofá ou de um gigantesco LCD para se sentirem felizes. As suas casas têm apenas o mínimo indispensável (cama, uma pequena TV, um pequeno fogão, pratos, talheres e copos e, claro, uma panela eléctrica para cozinhar o arroz e o bole para o café). O que também nunca falta é o sorriso e a boa disposição com que nos recebem. No entanto “nem tudo são rosas”… por ser uma comunidade bastante unida torna-se por vezes fechada a novas culturas. As normas e regras são para cumprir à risca e, claro, esperam que nós, voluntários, nos comportemos também segundo as suas regras, esquecendo-se das diferenças culturais. Nós tentamos ao máximo respeitar mas nem sempre é fácil, por um lado porque temos os nossos próprios hábitos culturais que não se alteram de “um dia para o outro”. Tentamos ser bastante flexíveis no entanto nunca conseguiremos comportar-nos como verdadeiros muçulmanos como a comunidade desejava. Por outro lado, porque a comunidade não nos transmite directamente as nossas “falhas”, só tomamos conhecimento destas através de terceiros. Podem estar realmente aborrecidos connosco mas não são capazes de nos dizer, unicamente acolhem-nos com um sorriso, mesmo que seja “amarelo”. Pelo que nos fomos apercebendo esta atitude é parte integrante da cultura tailandesa, pois não gostam de criar conflitos «um sorriso é o suficiente para resolver qualquer problema». Os assuntos que têm causado mais controvérsia são: a difícil adaptação da nossa colega voluntária ao estilo de vida na aldeia, dado que a comunidade espera que ela se comporte da mesma forma que as restantes mulheres muçulmanas, e como devem calcular não é tarefa fácil para uma europeia… As nossas incursões à aldeia Budista vizinha para confraternizar e “beber uns copos” também não é vista com bons olhos. E ainda há a realçar os problemas de comunicação e consequências adjacentes. Pois, alguns membros da comunidade têm na ideia que nós falamos correctamente a “mesma língua” e, por vezes, convidam-nos para jantar em suas casas ou para outras actividades, e nós nem sempre entendemos correctamente, e quando não aparecemos, eles ficam desagradados connosco pensando que não fomos porque não queríamos ou porque nos esquecemos. Pessoalmente, entendo que a comunidade vê este projecto não exactamente como uma troca cultural de experiências, mas sim como uma “mostra” da sua cultura. O objectivo é que experienciemos realmente o dia-a-dia na Aldeia, tal qual a comunidade o vive e sente.
Saindo de Kok Payom em direcção ao “desconhecido” encontramos uma outra Tailândia. Cidades movimentadas com templos lindíssimos como pano de fundo, tuk-tuks por todo o lado e pessoas bastante simpáticas sempre prontas para nos ajudar com qualquer informação.
Para começar bem a noite, nada como visitar uns dos famosos Night markets (mercados nocturnos) onde se pode encontrar de quase tudo, tal como, roupa para todos os gostos e a preços bem convidativos, grande variedade da boa gastronomia tailandesa (1€ por refeição aprox.) desde o frango frito à moda do KFC até à bela da baratinha frita… De seguida, pede uma obrigatória paragem pelos bares e discotecas à boa moda europeia, que também não faltam.
Por fim e para deixar um bocadinho de “água na boca” há que falar nas ilhas, as que visitei até ao momento são verdadeiros paraísos terrestres…
Este segundo mês em Kok Payom iniciou-se com uma “lufada de ar fresco europeu”. Tivemos por cá um short workcamp de duas semanas com pessoal vindo da Europa (Holanda, Polónia, Dinamarca). Foi tempo para fazer novas amizades e melhor identificar as diferenças culturais existentes entre nós europeus e a Tailândia (muçulmana), nomeadamente o “dress code” feminino e a nossa necessidade de actividades “extra-curriculares” (ir a um bar para conversar e beber um café ou uns “copos”). Durante essas duas semanas tivemos mais agitação e trabalho para além das aulas de Inglês, ajudamos a construir um viveiro para produção de caranguejos. O trabalho por vezes foi duro, mas muito entusiasmante e divertido. Passámos bons momentos, sem dúvida!
Após o workcamp, Kok Payom voltou à sua tranquilidade habitual… «voltou-se a ouvir o chilrear dos pássaros pela madrugada, o rio acalmou e voltou a reconhecer-nos… e nós voltámos a seguir as suas margens e regressámos pouco a pouco ao nosso dia-a-dia».
Este segundo mês também cimentou a minha adaptação. Aos poucos fui-me sentindo cada vez mais integrado na comunidade e a “conhecer os cantos da casa”. Aprendi bastante com esta cultura muçulmana, com a sua forma simples e humilde de viver, sem necessitar de um confortável sofá ou de um gigantesco LCD para se sentirem felizes. As suas casas têm apenas o mínimo indispensável (cama, uma pequena TV, um pequeno fogão, pratos, talheres e copos e, claro, uma panela eléctrica para cozinhar o arroz e o bole para o café). O que também nunca falta é o sorriso e a boa disposição com que nos recebem. No entanto “nem tudo são rosas”… por ser uma comunidade bastante unida torna-se por vezes fechada a novas culturas. As normas e regras são para cumprir à risca e, claro, esperam que nós, voluntários, nos comportemos também segundo as suas regras, esquecendo-se das diferenças culturais. Nós tentamos ao máximo respeitar mas nem sempre é fácil, por um lado porque temos os nossos próprios hábitos culturais que não se alteram de “um dia para o outro”. Tentamos ser bastante flexíveis no entanto nunca conseguiremos comportar-nos como verdadeiros muçulmanos como a comunidade desejava. Por outro lado, porque a comunidade não nos transmite directamente as nossas “falhas”, só tomamos conhecimento destas através de terceiros. Podem estar realmente aborrecidos connosco mas não são capazes de nos dizer, unicamente acolhem-nos com um sorriso, mesmo que seja “amarelo”. Pelo que nos fomos apercebendo esta atitude é parte integrante da cultura tailandesa, pois não gostam de criar conflitos «um sorriso é o suficiente para resolver qualquer problema». Os assuntos que têm causado mais controvérsia são: a difícil adaptação da nossa colega voluntária ao estilo de vida na aldeia, dado que a comunidade espera que ela se comporte da mesma forma que as restantes mulheres muçulmanas, e como devem calcular não é tarefa fácil para uma europeia… As nossas incursões à aldeia Budista vizinha para confraternizar e “beber uns copos” também não é vista com bons olhos. E ainda há a realçar os problemas de comunicação e consequências adjacentes. Pois, alguns membros da comunidade têm na ideia que nós falamos correctamente a “mesma língua” e, por vezes, convidam-nos para jantar em suas casas ou para outras actividades, e nós nem sempre entendemos correctamente, e quando não aparecemos, eles ficam desagradados connosco pensando que não fomos porque não queríamos ou porque nos esquecemos. Pessoalmente, entendo que a comunidade vê este projecto não exactamente como uma troca cultural de experiências, mas sim como uma “mostra” da sua cultura. O objectivo é que experienciemos realmente o dia-a-dia na Aldeia, tal qual a comunidade o vive e sente.
Saindo de Kok Payom em direcção ao “desconhecido” encontramos uma outra Tailândia. Cidades movimentadas com templos lindíssimos como pano de fundo, tuk-tuks por todo o lado e pessoas bastante simpáticas sempre prontas para nos ajudar com qualquer informação.
Para começar bem a noite, nada como visitar uns dos famosos Night markets (mercados nocturnos) onde se pode encontrar de quase tudo, tal como, roupa para todos os gostos e a preços bem convidativos, grande variedade da boa gastronomia tailandesa (1€ por refeição aprox.) desde o frango frito à moda do KFC até à bela da baratinha frita… De seguida, pede uma obrigatória paragem pelos bares e discotecas à boa moda europeia, que também não faltam.
Por fim e para deixar um bocadinho de “água na boca” há que falar nas ilhas, as que visitei até ao momento são verdadeiros paraísos terrestres…
Luis Costa
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