Fazer o SVE sempre foi um sonho. Um sonho daqueles que sonhamos e nunca pensamos que algum dia pode vir a tornar-se realidade. Porquê? Porque sempre achei que nunca teria coragem de o fazer....e agora aqui estou em em Cluj, na Roménia, a fazer o SVE de um ano.
Foi super fácil decidir que queria fazer isto, mas deixar a família, o namorado, o trabalho e os amigos foi a parte mais complicada. Complicada mas fundamental, pois o apoio de todos foi incondicional. Mas a pergunta era sempre a mesma, com tantos países porquê a Roménia? Resposta ainda mais fácil: longe de casa para quando as saudades apertarem não possa vir a casa, é um país que pouco ou nada sabia acerca dele e por último as actividades faziam todo o sentido: dinamizar clubes interculturais nas escolas rurais e fazer animação nos hospitais.
Infelizmente desde cedo que soubemos que a actividade nos hospitais teria de ser substituída por outra uma vez que esta tinha sido cancelada por motivos aos quais somos alheiros.
Neste momento estou no 5/12 mês. Tem sido um desafio, viver com mais 5 pessoas, com idades diferentes, culturas diferentes, hábitos diferentes, pessoas com as quais estamos 24/7. Mas um bom desafio =) Aqui temos um voluntário de Espanha, um da Polónia, uma de França . Vamos uma vez por semana às escolas dinamizar sessões de 45m onde exploramos temáticas como a tolerância, o trabalho em equipa, as diferenças interculturais..... Como não temos os hospitais estamos ainda a tentar encontrar a actividade que encaixe nos interesses de todos.
A cidade é maravilhosa, costumo dizer que "é uma Lisboa em ponto muito pequeno". Uma cidade muito jovem e cm muitos estudantes internacionais, o que faz com que o Inglês seja a língua mais usada, mas também falamos em Romeno, ou tentamos =P (temos 4h por semana de aulas). O pais em si, tem para ver e para descobrir, as cores lindíssimas (especialmente no outono), a cultura tão diferente da nossa, a língua, as pessoas.... Tenho viajado o mais que posso pelo país, mas com seis meses pela frente ainda há muitas aventuras para ver e viver. Nos tempos livres ocupo-me com coisas que me fazem lembrar Portugal: basquetebol, aulas de salsa, bachata e kizomba.
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