24 setembro 2018

O testemunho da Magda

Olá! Eu sou Magda da Polônia, sou um novo voluntário no Spin. Agora, eu não falo português (só um pouco), mas eu prometo, vai mudar em breve :)


I arrived to Lisbon right in the middle of the Live it Lisbon project. I am sure I was as scared as excited. Just few hours after my flight I was already helping the hostel team with their work. I immediately soaked into the bubble of international projects and I am extremely happy I will not leave it in the next 8 months, if not more :).

 
My first few days were full of unique and very random tasks, new faces every single day, exploring and getting lost in the working area, neighborhood and Lisbon. It’s been almost a month now, and so far there were not a 2 days of similar work. Preparing a presentation in Portuguese? Delivering an Eurodesk info session? Convincing young students to join European Solidarity Corps? These were just a few of my recent tasks.


Of course, EVS is not only about the work. Lisbon is a very vibrant city and everyone can find something interesting, even if you are not a party animal. I’ve already supported Portuguese National Football Team in the game against Italy, I’ve seen every corner of Sao Jorge castle, I’ve climbed millions stairs, I’ve seen Lisbon from a lot of miradoures, I’ve eaten several types of Portuguese sweets and of course bacalhau!


I am looking forward for the upcoming months and I am very curious what this country and project has prepared for me. With my arms wide open I am ready for the next challenge!

20 setembro 2018

O testemunho da Maria


You cannot possibly fit an experience of 9 months in a few lines. It’s equally frustrating as packing and trying to fit everything in a luggage. And all the moments, the feelings, the discussions, the dilemmas, the jokes, the frustrations, the breakfasts and dinners, the trips, the coffees, everything lies scattered in the room with you sitting in the middle numb but so blessed for all that you’ve had.


EVS has been a learning process and most importantly a trip of self discovery and awareness that started way before my first day in Spin. It started the moment I decided to quit my job and find a project. I learned to be open to the unknown, not to be afraid to risk, to be ready for good and bad experiences and deal with whatever i find on my way.


Then, away from home, friends, family and everything that my reality comprised, I learned to listen and question everything that so far had been unquestionably true and correct. Away from everything that had so far defined me I was given the opportunity to redefine myself and explore new realities. And on the way, I found a new home, a new family, new friends and a better version of myself.


So when such an experience comes to an end, you don’t really have another choice. You pack everything in your heart and you take it with you- along with a ridiculously heavy luggage- to your new beginning. 


13 setembro 2018

O testemunho do Dario

Eu não gostaria de fazer o clássico discurso romântico de final de experiência cheio de agradecimentos, mas vazío de significado. Claro, vou agradecer, mas só mais tarde. Primeiro, queria dizer-vos o que esta experiência realmente foi para mim, mesmo que ainda não tenha acabado.

Ser voluntário não é uma coisa assim tão fácil. Não me refiro, nesse sentido, ao fato de morar em outro país, com outra língua e novas pessoas. Estas, pelo contrário, podem ser até mais motivações para lidar com esses tipos de experiências. Pelo contrário, refiro-me essencialmente ao papel do voluntário em si. Mesmo que aqueles que decidem fazer esse tipo de experiência já comecem com a vontade de encarar o desafío, temos sempre que lidar com o projeto real. É claro que, não fazendo parte dum contexto de trabalho formal, o voluntário não tem uma atividade fix(ics)a, mas, pelo contrário, as atividades mudam de dia a dia. Neste sentido, a dificuldade está em encontrar um papel, um pontos de referência, para tentar encaixar num esquema, com a consciência de que própria influência dependerá apenas de si mesmo. Neste sentido, cada um é quem decide se ser ativo ou passivo, se vai participar constantemente ou ocasionalmente. Não sendo mesmo um verdadeiro emprego, muitas vezes faz-se o erro de não sentir a necessidade de fazer o máximo, e admito que eu também às vezes senti esse sentimento, mas quando percebi que o principal destinatário dos meus esforços era eu mesmo, compreendi que ser voluntário é um trabalho feito para os outros, onde è o próprio voluntário o que mais ganha.


Nesse sentido, devo dizer que eu tive muita sorte. O contexto associativo em que me encontrei não foi o tradicional. No sentido de que não havia apenas uma associação para realizar as atividades internas, aqui há muitas realidades, cada uma delas especializada no seu setor. Gostaria de agradecer ao Luis, que como excelente coordenador da parceria, deixou-me a liberdade de escolher em qual projeto me envolver.

Por isso gostaria de agradecer ao Manuel com quem trabalhei no projeto creativo e de formação sobre a poluição du plástico. Foi a primeira vez que me vi a trabalhar ao mesmo tempo com crianças e idosos, devo dizer que foi uma emoção única ver e tocar a curiosidade e a energia das crianças ligar-se com a sabedoria e bondade das idosos. O projeto terminou com uma esplêndida exposição artística durante o festival: ver as pessoas apreciarem o trabalho feito com muito empenho e dedicação por parte de todos realmente animou-me.

A Ana foi um ótimo ponto de referência. Estivemos a  organizar um projeto conjunto, que infelizmente tivemos que interromper. E’ com ela que muitas vezes me encontrei a desabafar em alguns momentos difíceis. Obrigado por ser útil e compreensiva, foste muito uma grande ajuda.


Com a Maria João, eu toquei talvez a parte mais divertida, e ao mesmo tempo desafiadora, entre todas as atividades. Nascidos por acaso, os dois jantares vegetarianos, uma com workshop, foram um sucesso. Por isso, gostaria de agradecer à Maria João por me dar a oportunidade não só de deixar as pessoas conhecerem um pouco da minha cultura, mas de me darem a conhecer diretamente a muitas pessoas em Telheiras.
Então gostaria de agradecer a todas as pessoas que trabalham com o refood, especialmente a Susana e a Paula, que oje nao esta, as duas senhoras com quem estivemos a recolher alimentos no continente às sextas-feiras. Nem precisa dizer que honra  foi realizar esta atividade, tão simples, mas realmente fundamental para o bom funcionamento das empresas. Este foi certamente o projeto eticamente e moralmente com maior impacto que espero continue a servir em outros contextos semelhantes. Thanks!
Finalmente tenho que agradecer ao Luis, que agora é amigo antes do que tutor. Com ele além do trabalho de escritório clássico, trabalhei, ou melhor, apoiei a organização do festival. Eu aprendi que organizar um evento como esse não é fácil, porque de fora ele não parece, mas quando de dentro, entende-se quanto trabalho há a fazer. Devo dizer que o Luis foi impecável, como de fato em todo o meu projeto. Apesar de um período cheio de compromissos, não apenas para o trabalho, mas também na vida privada, ele estava sempre disponível. Sempre pronto para me encontrar em qualquer necessidade e sempre tentando me envolver em todas as atividades. Digamos que desde aquela entrevista via Skype para as seleções já faz um tempo, agora posso dizer que encontrei um grande amigo. Muita sorte para a sua esposa Clara e para o que está prestes a chegar e para o futuro deles. Vocês serão uma família maravilhosa.


Um agradecimento geral a toda a parceria local de telheiras, a todas as pessoas com quem também entrei para um poquinho contacto, àqueles que me deram um sorriso mesmo sem saber quem era, àqueles que tiveram paciencia com o meu portugês, àqueles que me deram o seu carinho.

Obrigado, senti-me em casa!
Eu sempre vou guardar uma boa lembrança de vocês.
Um abraço, Dario.
obrigado

12 setembro 2018

O testemunho do José

Há quase um ano que cheguei a Lisboa, por tanto o meu SVE está a acabar… ainda que isso não significa que volte para a Espanha…
O Serviço de Voluntariado Europeu foi um desafio que mudou a minha vida. Ter a oportunidade de trabalhar numa associação cultural, com projetos de diferente natureza, me permitiu desenvolver novas habilidades e ideias. O componente humano foi muito importante no desenvolvimento do voluntariado, graças ao inestimável trabalho de orientação que fizeram o meu tutor e o presidente da associação. Mas no dia-a-dia, o trabalho, junto a voluntários de diversas idades e procedências, foi uma aprendizagem e uma vivência extraordinária. A destacar: o Sebastien, voluntário europeu da França que chegou na mesma altura que eu; a Márcia, a Celeste, e o Tiago. 

Desenvolver um novo projeto desde zero contribuiu para que a experiência fosse completa e abrisse novas vias de futuro. Os próximos 9 meses continuarei a trabalhar no mesmo projecto, a Livraria Solidária de Carnide, como estagiário do IEFP.
O acolhimento que teve a Livraria entre os outros voluntários europeus da SPIN foi muito positivo. Desde Maio nós temos reunido na Livraria para partilhar histórias no clube de leitura que a Camilla, voluntária italiana da SPIN, me ajudou à promover. 
Mas o programa Erasmus+ envolve toda a tua vida. O SVE permite conhecer pessoas novas, das quais com alguns farás como uma pequena família ou sereis amigos depois do voluntariado, quer em Portugal quer nos seus paises de origem. Também há muita diversão e festas... mas principalmente durante o SVE poderás viajar e conhecer outra cultura. Durante os ultimos meses visitei Porto, Évora, Sintra, Peniche e a ilha de Berlengas, entre outros lugares. Eu tenho visto que Portugal tem um patrimônio muito rico e que alguns lugares destacam pela sua singularidade.


O dia 2 de Julho foi o meu 29 aniversário, e as pessoas que mais estimo organizaram uma festa surpresa muito engraçada na Casa Anjos. Num quarto, adornado com balões e grinaldas, os meus amigos aguardavam, cautelosamente, a minha chegada com dois bolos, presentes e muito vinho. Será difícil esquecer aquela noite... 


Em conclusão, o SVE significa compartilhar e conviver na diversidade, além de viver cada momento com muita intensidade... De modo que podem acontecer muitas coisas, e a maioria boas. 

José Carlos.