1 Março a 20 Agosto de 2012, mais que provavelmente a melhor experiência que vivenciei até hoje.
O EVS é muito mais que uma experiência, é viver uma conjuntura de situações que nos marcam de tal maneira que aprendemos bastante durante esse tempo, independentemente de boas ou más experiências.
Falando na primeira pessoa posso afirmar que na minha vida existe o antes e depois do EVS, gostaria de afirmar que não existiram momentos menos positivos mas esses mesmos fazem parte da experiência, mas esses momentos são apenas umas gotas numa piscina cheia de bons momentos, momentos dos quais infelizmente não se vão voltar a repetir, mas fica a felicidade por ter acontecido.
Eu tive a oportunidade de fazer o meu EVS em Roterdão, numa organização que promovia e colaborava com organizações de zonas desfavorecidas da cidade, mais concretamente no bairro de Feyenoord, basicamente umas das zonas mais pobres e perigosas da Holanda, pelo menos é o que dizem as estatísticas. Na prática apesar das diferenças culturais que encontrei porque maioritariamente das pessoas do bairro eram muçulmanas, senti-me em casa integrado pela comunidade.
As minhas actividades maioritariamente consistiam em fazer actividades para crianças em escolas, associações locais etc. Como maior obstáculo foi o idioma local, as crianças como é de esperar não falavam muito inglês e o holandês diga-se não é uma língua fácil de comunicar, mas foram barreiras que foram ultrapassadas com o tempo, conhecendo e ganhando o respeito daquelas crianças.
Mesmo com estas barreiras foi possível desenvolver um trabalho positivo, era óptimo quando estava na rua e via as crianças do bairro e virem a correr cumprimentar-me, eu não fazia nada de mais apenas promovia jogos desportivos entre eles nas escolas, ou workshops de jardinagem, esse tipo de actividades era o suficiente para eles verem que alguém se preocupava com eles, e seguramente alguns deles no futuro irão se lembrar que um dia houve um jovem de Portugal que jogava futebol com eles e por um período curto fez parte da sua educação. O Pior de tudo é quando temos conhecimento de situações em que crianças são maltratadas ou vemos a léguas que sentem falta de apoio paternal dos pais, mas ai não podemos fazer nada, não podemos resolver o problema mas tentar passar por cima e apenas pensar em ser parte da solução.
Em suma quero agradecer à SPIN e Lava Legato por me terem proporcionado fazer este EVS na minha vida, e para terminar sinto imensa pena de não ser possível realizar mais que um EVS.
Cristóvão Maciel, 20 Novembro, 2012
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